Reciclagem no Balaio

"Chega um tempo" em que é preciso fazer uma reciclagem no Balaio. Remexer. Decidir o que fica, o que sai, quem entra, quem já foi e esqueceu de apagar a luz. "Tempo de absoluta depuração".

Numa dessas fases, no quesito quem entra, aceitei convite para sair. O candidato, mineiro de boa procedência, recém conhecido, ligou e convidou para um chopinho. Vamos. No dia seguinte, unhas lixadas, dentes bem escovados, vestido quase novo, fui para o encontro. Detalhe: a conversa da noite anterior foi encerrada com um "bons sonhos". Cheguei, sentamos, roteiro conhecido, começamos. Sonhou? - Pergunta do moço. - Sonhei. Sonho bom. E você? - Não, não sonhei. Mas gostaria de ter sonhado com  a Paula Toller...
Ui!
Boa sorte meu amigo, quem sabe tem uma vaguinha no balaio da Paulinha.

Videiras na casa
do meu irmão. Verão de 2008
Joana é bicho do mato, alma simples, desejos fáceis, não entende essas ambiguidades cosmopolitas. Joana não aprendeu a vida nos livros de biologia, os encontros nas apostilas de psicologia. Joana espiou a vida escondida em arbustos, correndo entre as montanhas, viu encontros começarem com as uvas no balaio e amadurecerem com o vinho.
Joana viu a vida assim, simples. E acreditou...

Os versos entre aspas são do Drummond

Comentários

  1. Querida Mari,


    Você tem poesia na alma e na maneira de ser. Parabens pelo aniversário. Adorei seu blog.
    Aurea

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  2. Obrigada Áurea.
    Se existe alguma poesia em mim é inspiração de amigos como você que tive o privilégio de encontrar.
    Beijinho

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